A história de um grande tesouro que pode ter sido escondido em um morro da cidade do Rio de Janeiro

Existem lendas que viram verdades absolutas. Talvez porque tenham acontecido mesmo. Nunca se sabe. Uma dessas ronda o Rio de Janeiro até os dias atuais

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Existem lendas que viram verdades absolutas. Talvez porque tenham acontecido de verdade. Nunca se sabe. Uma dessas ronda o Rio de Janeiro até os dias atuais. O tesouro dos Jesuítas escondido no antigo Morro do Castelo. Será que ainda está lá?

A lenda (talvez verdadeira) conta que no Morro do Castelo, derrubado em 1922, os Padres Jesuítas ocultaram tesouros. Isso teria acontecido nos tempos coloniais, quando o Morro era posse da ordem religiosa.

“Por ser uma ordem rica, os jesuítas talvez tivessem guardado os seus tesouros nas galerias, gerando lendas e curiosidades entre a população carioca. A expulsão dos jesuítas do Morro do Castelo gerou muitas lendas na população”, escreveu a pesquisadora Catherine Beltrão, no site Arte na Rede.

Pesquisadores dizem que a lenda se originou na época das invasões sas de 1710 e 1711 e ganhou força a partir da expulsão dos Jesuítas do Brasil, em 1759, por determinação do Marquês de Pombal.

“Dizem que aquele prédio que desabou ao lado do teatro municipal tinha um túnel secreto que foi selado com concreto depois do acidente e um funcionário disse que havia uma agem em direção ao teatro feita de pedras e o prefeito do rio mandou jogar concreto lá”, conta o pesquisador Flávio Brandão.

O caso continuou sendo contado, inclusive, por ótimos contadores de história, como Machado de Assis, Joaquim Manuel de Macedo (autor de “A Moreninha“) e Lima Barreto.

O tesouro seria constituído de: uma imagem de Santo Inácio de Loiola, de ouro maciço pesando 180 marcos (1 marco corresponde a 229.5 gramas); uma imagem de S. Sebastião e outra de S. José, ambas de ouro maciço pesando cada uma 240 marcos, uma imagem da Santa Virgem, de ouro maciço pesando 29marcos; a coroa da Santa Virgem, de ouro maciço e pedrarias, pesando, só o ouro, 120 marcos; 1400 barras de ouro de quatro marcos cada uma; dois mil marcos de ouro em pó; dez milhões de cruzados em moeda velha e três milhões de cruzados em moeda nova, tudo em ouro; onze milhões de cruzados em diamantes e outras pedras preciosas, um diamante de 11 oitavas, 9 quilates e 8 grãos, que não está avaliado, uma banqueta do altar-mor da Igreja, seis castiçais grandes e um crucifixo, tudo em ouro, pesando 664 marcos.

A lenda ganhou tanta força que as possíveis riquezas que poderiam encontradas lá serviriam como garantia às empresas que estivessem a serviço do desmonte do Morro do Castelo, já nos anos 1920.

Há quem defenda que, além das mudanças urbanísticas pelas quais o Rio de Janeiro ava no século XX, a história do tesouro, aceita por grande parte da população, acabou contribuindo para legitimar o arrastamento do Morro do Castelo.

O tesouro nunca foi encontrado. Mas quem quiser tentar achar, o Morro do Castelo ficava onde hoje em dia se encontra a Ladeira da Misericórdia (próxima à Rua Santa Luzia, Igreja Nossa Senhora do Bonsucesso, no Centro da Cidade). Outro o era a Ladeira do Poço do Porteiro – atual Cinelândia.

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